
A mineira Laysa Peixoto, que afirmou na semana ada ser a primeira astronauta brasileira, se pronunciou, nesta quinta-feira (12/6), a respeito de polêmica envolvendo a istração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês). Na quarta (11/6), a agência negou ao Correio qualquer vínculo com a jovem. Na manifestação, Laysa diz que a situação não ou de mal-entendido, uma vez que nunca teria afirmado trabalhar para o órgão americano.
Em vídeo publicado nos stories do Instagram, a mulher de 22 anos reforça que diz, no texto em que anunciou ter sido selecionada como parte de equipe de viagem espacial, também compartilhado nas redes sociais, que a empresa a que está vinculada é a privada Titans Space, não a Nasa.
“Eu deixo bem claro na minha publicação, que foi minha única declaração, quem me selecionou como astronauta de carreira, quem foi o responsável pela seleção e com quem eu estarei indo ao espaço em 2029”, enfatiza Laysa. “Em nenhum momento da minha declaração eu cito que a Nasa foi responsável por essa seleção ou por esse voo de 2029, ou que a Nasa me selecionou como astronauta de carreira.”
Ela afirma que apenas menciona a agência americana ao se referir ao astronauta que comanda a missão em questão, o veterano da Nasa Bill McArthur.
Ainda, ressalta que o conteúdo do anúncio, publicado há sete dias e dono de mais de 83 mil curtidas, nunca foi editado: “Não existe outra versão do que eu falei sobre esse assunto a não ser o post”.
O Correio aguarda retorno de Laysa Peixoto sobre o episódio. O espaço segue aberto para manifestação.
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Entenda o caso
Há uma semana, Laysa Peixoto compartilhou aos mais de 156 mil seguidores no Instagram que havia sido selecionada para se tornar “astronauta de carreira”. A profissão a permitiria, de acordo com publicação, atuar em “voos espaciais tripulados para estações espaciais privadas e para futuras missões tripuladas à Lua e para Marte”.
“Sou oficialmente astronauta da turma de 2025 e farei parte do voo inaugural da Titans Space, comandado pelo astronauta veterano da Nasa, Bill McArthur”, anunciou. “Prosseguirei firme em meu treinamento, com voos suborbitais e missões privadas ao espaço, em paralelo à minha formação como piloto, visando minha primeira designação oficial como astronauta de carreira.”
Na publicação, em que aparece com vestuário que tem a logo da agência espacial, a jovem afirma que ser “a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira”.
Em 2022, Laysa, que já foi estudante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e afirmava em perfil do LinkedIn fazer mestrado na Universidade Columbia, nos EUA, disse ao g1 que havia concluído treinamento de astronauta pela Nasa.
Em nota, a assessoria da jovem afirma que ela transferiu estudos da instituição brasileira para o Manhattan College, em Nova York, e participou de programa da Nasa “aberto a jovens estudantes e profissionais da área”. Na ocasião, um projeto dela feito para a agência espacial teria sido aceito.
“Em um post em 2023 no Instagram, Laysa postou uma foto mostrando o nome do programa e nunca afirmou que trabalhava para a Nasa, mas que liderava equipes no programa L’SPACE”, diz o comunicado. Além desse curso, a mineira teria participado de “treinamento que acontece no Marshall Space Flight Center e U.S. Space and Rocket Center” e de outras formações ministradas de forma on-line.
Em nota enviada ao Correio mais cedo, a Nasa reforça que “não é afiliada à missão espacial Titans” e que “o programa L'Space é um workshop para estudantes – não é um estágio ou emprego” no órgão espacial.
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