
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11/6), uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada na falsificação e comercialização de diplomas de ensino superior. Esses documentos falsos estariam sendo utilizados para a obtenção de registros em conselhos profissionais e para o exercício ilegal de atividades de profissões regulamentadas.
Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em outros 11 estados, inclusive na residência do principal suspeito de liderar o esquema, além de diversos beneficiários da fraude. A PF não divulgou os nomes dos alvos da operação.
As investigações tiveram início após a identificação de um diploma falso apresentado para registro profissional. A partir da análise do documento, foi descoberto um site fraudulento, hospedado em uma plataforma pública, criado para simular um ambiente oficial de verificação de diplomas universitários. O ambiente digital tinha diversos diplomas falsos em nome de terceiros.
O material era vendido por meio de redes sociais e plataformas de mensagens, e os documentos abrangiam cursos de direito, psicologia, engenharias, biomedicina, fisioterapia, istração, educação física, entre outros.
A PF já identificou ao menos 33 diplomas fraudulentos associados ao mesmo ambiente virtual. Os investigados poderão responder por falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal de profissão e receptação, entre outros delitos eventualmente apurados ao longo das investigações.
"A investigação apura a atuação de um grupo estruturado, com divisão de tarefas, envolvendo a produção, venda e uso de diplomas falsificados, havendo ainda indícios de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Pelo menos oito dos beneficiários já estariam com registros ativos em conselhos de classe, exercendo funções diretamente ligadas às áreas falsamente declaradas", informa a PF.
"A Polícia Federal também está comunicando os conselhos profissionais competentes, para que sejam adotadas as medidas istrativas e disciplinares cabíveis em relação aos registros obtidos por meio de documentação falsa", acrescentou a instituição.
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