Galassi ressalta o papel varejo na cadeia do agro e sugere tributar bets

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, defendeu nesta quarta-feira (11/6) o fortalecimento da integração entre o agronegócio e o setor varejista como estratégia central para garantir a segurança alimentar no país. A fala foi feita durante a segunda edição do Brasília Summit.

O encontro reúne empresários e parlamentares ligados ao agronegócio e ao setor imobiliário. Promovido pelo grupo Lide em parceria com o Correio Braziliense, o evento abre um diálogo para a construção de oportunidades para o futuro do Brasil.

• Leia também: 2º Brasília Summit debate crescimento econômico e sustentável; acompanhe

Ao destacar a importância do agro dentro da cadeia de abastecimento, Galassi reforçou o papel do setor supermercadista como elo direto entre a produção agrícola e o consumidor final.

“O varejo é o ponto de chegada de toda a cadeia de produção, e o agronegócio é a base desse processo. A integração eficiente entre esses setores é o que assegura o o da população à alimentação de qualidade, com preço justo”, afirmou.

• Leia também: Brasil caminha para a ingovernabilidade se não controlar gastos, diz Motta

Galassi também aproveitou sua participação no evento para criticar a recente proposta de tributação das apostas esportivas, conhecidas como bets. Segundo ele, o modelo atual de arrecadação ainda carece de clareza e pode resultar em distorções que penalizem o consumidor e desestimulem o setor formal.

“É preciso haver responsabilidade na forma como se tributa novas fontes de receita. Não podemos permitir que a busca por arrecadação comprometa o equilíbrio de setores que estão em processo de regulamentação”, declarou.

• Leia também: "Brasília é um mar de oportunidades", diz chairman do Lide

Reforma tributária

A fala do presidente da Abras ocorre em um momento de intensa discussão sobre as prioridades da reforma tributária e o papel de setores como o agro e o varejo na economia nacional. Galassi defendeu que o debate não pode ser feito de forma isolada.

“O Brasil precisa de previsibilidade e equilíbrio. Precisamos olhar para o todo e construir políticas que estimulem o consumo responsável, valorizem o produtor e respeitem o consumidor.”

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular