
Durante participação na segunda edição do Brasília Summit, nesta quarta-feira (11/6), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou o protagonismo do agronegócio brasileiro no cenário internacional e reforçou o papel estratégico do setor na geração de empregos, renda e sustentabilidade.
O encontro reúne empresários e parlamentares ligados ao agronegócio e ao setor imobiliário. Promovido pelo grupo Lide em parceria com o Correio Braziliense, o evento abre um diálogo para a construção de oportunidades para o futuro do Brasil.
Fávaro afirmou que o Brasil superou três grandes desafios para consolidar sua excelência agropecuária: adaptar a produção ao clima tropical, garantir qualidade sanitária e enfrentar restrições legais e fiscais. Segundo ele, a base dessa conquista foi científica. “Esse desafio, basicamente, começou a ser estruturado pela Embrapa há 50 anos. Foi a ciência que tornou possível a produção de até três safras por ano, mesmo em condições tropicais”, ressaltou o ministro, em menção à estatal de pesquisa agropecuária.
O titular da pasta da Agricultura também comemorou o controle da gripe aviária no Brasil, destacando a eficiência da vigilância sanitária nacional. “Enquanto os Estados Unidos abateram 170 milhões de aves, o Brasil controlou a doença com o sacrifício de apenas 17 mil animais. Esse é o tamanho da nossa eficiência”, comparou. E celebrou o recente reconhecimento do país como livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal.
Ao abordar os desafios logísticos, Fávaro destacou o avanço da chamada "saída pelo Arco Norte", que há pouco mais de uma década era inexistente e hoje responde por mais de 50 milhões de toneladas exportadas. Para ele, a expansão da infraestrutura segue o ritmo da confiança dos investidores. “Quem vende mais vai vender mais. É fresquinho porque vende mais. Estamos empurrando a eficiência para frente”, afirmou, usando uma metáfora popular para explicar o dinamismo do agro.
Por fim, o ministro defendeu um ambiente institucional mais estável e menos burocrático para permitir o crescimento sustentável do setor. Criticou entraves fiscais e o peso da máquina pública, mas afirmou confiar na capacidade de superação do Brasil. “Com uma democracia forte, diálogo e respeito, vamos vencer também esses desafios. O agro está fazendo do Brasil o melhor país do mundo para produzir alimentos, energia limpa e oportunidades.”
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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